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Resumo

A influência de fatores socioculturais nos leva a ver a matemática como um produto cultural e não linear. No Brasil podemos observar uma pluralidade de etnias, diversidade nos modos de vidas, crenças, valores e conhecimentos, esses fatores apresentam-se como um grande desafio para a matemática, fazendo-se necessário a aplicação da etnomatemática no âmbito escolar, visando estudar as ideias matemáticas relacionando-as com a vida, o ambiente cultural e o social, esse é um dos desafios na atualidade, a apropriação do conhecimento étnico na sala de aula, e a construção da ponte entre esse conhecimento e o conhecimento dito institucional. Dentro dessa perspectiva os jogos matemáticos africanos podem ser utilizados como instrumento e fundamentos teóricos para promover a educação das relações étnicos-raciais no ambiente escolar. O presente projeto dialoga com essas reflexões, propondo a elaboração de jogos matemáticos africanos como yoté, mancala e fanorona, para serem utilizados como uma ferramenta didática, valorizando a participação africana no desenvolvimento do pensamento matemático. Sob esse contexto trazemos a discussão da logística reversa, reforçando a preservação do meio ambiente e a minimização do impacto ambiental referente ao lixo, por meio da utilização de materiais alternativos como sementes, papelão, tampas de garrafa pet e outros, na confecção dos jogos. Durante a produção dos jogos os alunos precisam recorrer a alguns conceitos matemáticos referente à medida, proporção, quantidade e raciocínio lógico, unido a esses conceitos está a relevância das aproximações dos alunos com alguns aspectos da cultura africana como historicidade, origens e princípios de utilização dos jogos abordados. O projeto demonstrou-se de extrema importância no diálogo da temática em sala, pois infelizmente há um desconhecimento relevante, no âmbito escolar, sobre os jogos africanos e a importância da etnomatemática.

Palavras-chave: Jogos matemáticos africanos, Logística Reversa, Cultura Africana